Quando eu era da idade dos liliputianos, acreditava que o nosso cérebro tinha infinitas gavetas onde guardávamos todas as nossas memórias... gavetas fechadas, abertas, empenadas, cheias, vazias... A Terra dos Liliputianos é uma extensão do nosso cérebro, com gavetas sempre disponíveis para recordar.

Seja bem vindo à nossa terra, um caderno de viagens do tamanho das crianças.



sábado, 23 de junho de 2007

Objectos que se transformam

Nestes últimos anos tenho aprendido que são os jogos espontâneos, criados no momento ou recriados a partir de coisas pouco significativas, aqueles que mais estimulam os liliputianos. No que diz respeito aos objectos utilitários que todos nós possuímos em casa, nomeadamente na cozinha, o S1 é perito em descobrir-lhes novas funções, que vão ao encontro da aprendizagem e treino dos seus sentidos:
- Bater energeticamente com as tampas dos tachos; colocar tudo o que é possível dentro de uma garrafa de plástico e agitar; sentir a vibração do aspirador, aproximando o ouvido do seu motor.
- Tocar nas gavetas do congelador com a língua; provar tudo que lhe chega à mão pela primeira vez.
- Tirar a roupa da máquina de lavar e cobrir-se com ela, jogando ao 'cucu'.
- Apanhar as migalhas da sandes do irmão; espalhar as molas da roupa por toda a casa; retirar as caixas de plástico da prateleira, espalhá-las pelo chão e depois tentar arrumá-las por baixo do armário; esconder-se debaixo da mesa sem ficar entalado nas pernas das cadeiras.

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