Quando eu era da idade dos liliputianos, acreditava que o nosso cérebro tinha infinitas gavetas onde guardávamos todas as nossas memórias... gavetas fechadas, abertas, empenadas, cheias, vazias... A Terra dos Liliputianos é uma extensão do nosso cérebro, com gavetas sempre disponíveis para recordar.

Seja bem vindo à nossa terra, um caderno de viagens do tamanho das crianças.



terça-feira, 3 de julho de 2007

Gosto pela comida

A responsabilidade de ser pai e mãe passa obrigatoriamente pelas estratégias que nós inventamos para convencer os liliputianos a fazer a COISA que nós queremos e que eles precisam. A maior dificuldade que o F5 apresenta é a alimentação. Logo a partir do seu nascimento que percebemos que iria ser muito difícil enganá-lo e dar-lhe um alimento diferente daquele que ele desejaria; desde o leite industrial, até à sopa, à fruta, à carne e ao peixe... enfim, a tudo o que é comestível - menos o leitinho da mãe. Esse durou até aos 16 meses e teve que ser bruscamente interrompido para os intervenientes terem, algum descanso no caso da mãe e alguma independência, no caso do filho. Não obstante, o sacrilégio continuou. A regra de 'á mesa só se come' nunca foi respeitada nesta terra (casa). Lembro-me que, durante as suas primeiras férias, tinha que ver o Rex-o cão polícia que passava na rtp2 à hora do F1 almoçar, depois de acordar da euforia da praia. Dos filmes passámos para os encaixes, os puzzles, os livros, as histórias inventadas, o mágico que fazia a comida desaparecer, o gato escondido na papa, o concurso das caras feias, o fracote que para conseguir levantar uma simples colher o F3 tinha que comer tudo... tudo em prol de uma boa alimentação! O gosto pela comida, provavelmente herdado da mãe, ainda não existe. Tenho tendência para petiscar, e lembro-me ainda de algumas estratégias, como a de fazer bolas de sabão, para me convencerem a deixar entrar mais umas graminhas de alimento para o meu pequeno estômago. Felizmente que estas estratégias ainda não são necessárias para o S1- está quase sempre pronto para comer, inclusive sozinho, se nós o deixarmos.

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