Quando eu era da idade dos liliputianos, acreditava que o nosso cérebro tinha infinitas gavetas onde guardávamos todas as nossas memórias... gavetas fechadas, abertas, empenadas, cheias, vazias... A Terra dos Liliputianos é uma extensão do nosso cérebro, com gavetas sempre disponíveis para recordar.

Seja bem vindo à nossa terra, um caderno de viagens do tamanho das crianças.



terça-feira, 26 de junho de 2007

O Rex ou o quarto arrumado

Arrumar o quarto nunca foi a tarefa preferida do F3. Talvez este seja um problema extensivo a todos os quartos de liliputianos (e já agora, aos adultos e a todas as habitações). As tarefas multiplicaram-se quando mudámos para uma casa maior. Os brinquedos iam-se acumulando cada vez mais (desde o nascimento!). Foi altura de guardar alguns (e esconder outros). Comprámos umas caixas transparentes, umas bolsas de pano e arranjamos um espaço para todos os brinquedos. Mesmo assim, a mãe conseguia arrumar o quarto sempre mais depressa e melhor que o F3. Descontente com esta tarefa adicional, resolvi pensar numa estratégia. Chegou o dia em que o F3 teve a iniciativa de começar a arrumar o quarto. De outro modo, sabia que, se os brinquedos não estivessem no lugar, o monstro Rex os levaria, os escondia e ele deixava de brincar com eles. Tinha provas disso - a perna do Johnny Macarroni, que passou a ser Johnny Perneta foi o exemplo perfeito para o liliputiano entender o poder do Rex. Por uns tempos, ainda sonhou com o monstrinho que fazia partidas a quem não arrumasse os brinquedos no lugar certo. Actualmente, ainda comenta histórias sobre o Rex e arruma o quarto por iniciativa própria. Mas agora, o receio é outro - o S1 tem uma atracção especial pelos brinquedos do irmão.

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